Brasília, 27 de março de 2016
Elegemos Manuel de Barros como nosso poeta magno, o apóstolo único do movimento coisista, o nosso manual.
1. Nós queremos glorificar as coisas em detrimento do homem. A espontaneidade da inércia será um elemento essencial da nossa poesia
2. O circo evidenciou até hoje a proeza, a força e a flexibilidade dos corpos humanos. Nós queremos protagonizar o movimento incerto, autônomo e arriscado dos objetos
3. Nós afirmamos o que o antropocentrismo cênico ignorou até hoje: não há mais beleza em um mundo que ignora as coisas que aí estão. A força poética de uma coisa deve ser reverenciado no palco
4. É preciso sentir o movimento latente na imobilidade das coisas. O extraordinário do mundo se enriquece de uma nova beleza: a beleza da presença inerte do não movimento e do movimento passivos dos objetos em risco de descarte.